No dia 2 de dezembro, os eleitores venezuelanos irão referendar a reforma na Constituição bolivariana de 1999. A reforma pretende modificar 69 dos 350 artigos, entre os quais, o que amplia o mandato presidencial de seis para sete anos, o que estabelece a reeleição indefinida e o que regula o “estado de exceção”, utilizando como um dos seus mecanismos, a censura. Além destas mudanças, a nova Constituição proposta pela reforma, proibirá o acesso à Internet e o uso do serviço de televisão a cabo por pessoas físicas, bem como, a limitação exclusiva do uso da telefonia celular a pessoas do Estado.
Com a reforma da Carta Magna (Constituição de 1999), o presidente Hugo Chávez pretende alicerçar seu projeto de socialismo na Venezuela. O povo está dividido. Porém, o governo chavista garante que vencerá com margem de 10 a 20 pontos percentuais. Essa investida socialista não é vista com bons olhos por todo o mundo regido pelo capitalismo, principalmente, um dos seus maiores maestros: os Estados Unidos da América. Na reforma, Chávez quer acentuar e perpetuar o nacionalismo já praticado por medidas ainda na democracia. Isso trará prejuízos imensuráveis à elite venezuelana, fatia responsável pelas empresas privadas, afetada, por exemplo, pelo artigo que reduz a jornada de trabalho de oito para seis horas e pelo artigo que prevê a apropriação estatal dos fundos privados superiores a sete milhões de bolívares.
Em pleno século 21, é, no mínimo, curioso uma forma de governo com aparências tão retrógradas conseguir apoio da massa venezuelana. E de fato há. As classes mais baixas da população venezuelana apóiam a reforma. Talvez por ainda não tiverem conhecimento do que é ser submetido à forma de governar do socialismo. Ou talvez por já se encontrarem desesperados e sedentos por mudança. As condições de vida dos menos privilegiados na Venezuela são realmente dignas de desespero.
Por outro lado, a elite venezuelana, principal prejudicada pelas mudanças da reforma, faz frente à reforma. Apesar de o presidente da União Bolivariana de Estudantes (UBV) declarar que mais de 90 % dos estudantes apóiam a reforma, parte do movimento estudantil a rechaça brutalmente com movimentos contrários. Além dos prejuízos financeiros, as restrições do socialismo parecem ser algo de outro mundo para o movimento anti-chavista. O fato é que há uma péssima distribuição de renda no país e isso soa como um argumento de quem defende a implantação do socialismo. Mas será essa a melhor alternativa? Quem responde é quem vai sofrer (?) as conseqüências dessa alteração brusca na forma de governo do país: o povo.
Com o referendo, Hugo Chávez dará uma forma um pouco mais democrática de implantar o socialismo do que na Cuba de Fidel Castro. E Chávez pretende alcançar mais sucesso que o líder da Revolução Cubana. Não se considerar “ilhado” como Fidel se tornou parece ser outro trunfo para seu sucesso. O apoio do presidente boliviano Evo Morales, que deve dar o mesmo destino ao seu país, dá força ao que já parece se bastar.
No dia 2 de dezembro será o dia dos venezuelanos fazerem uso do seu poder eleitoral para manter a democracia no país ou tornar o referendo seu último ato democrático. O resultado ainda não se sabe. Talvez agora só nos reste verificar com quantos pontos percentuais a reforma Constitucional será implantada na Venezuela.
Com a reforma da Carta Magna (Constituição de 1999), o presidente Hugo Chávez pretende alicerçar seu projeto de socialismo na Venezuela. O povo está dividido. Porém, o governo chavista garante que vencerá com margem de 10 a 20 pontos percentuais. Essa investida socialista não é vista com bons olhos por todo o mundo regido pelo capitalismo, principalmente, um dos seus maiores maestros: os Estados Unidos da América. Na reforma, Chávez quer acentuar e perpetuar o nacionalismo já praticado por medidas ainda na democracia. Isso trará prejuízos imensuráveis à elite venezuelana, fatia responsável pelas empresas privadas, afetada, por exemplo, pelo artigo que reduz a jornada de trabalho de oito para seis horas e pelo artigo que prevê a apropriação estatal dos fundos privados superiores a sete milhões de bolívares.
Em pleno século 21, é, no mínimo, curioso uma forma de governo com aparências tão retrógradas conseguir apoio da massa venezuelana. E de fato há. As classes mais baixas da população venezuelana apóiam a reforma. Talvez por ainda não tiverem conhecimento do que é ser submetido à forma de governar do socialismo. Ou talvez por já se encontrarem desesperados e sedentos por mudança. As condições de vida dos menos privilegiados na Venezuela são realmente dignas de desespero.
Por outro lado, a elite venezuelana, principal prejudicada pelas mudanças da reforma, faz frente à reforma. Apesar de o presidente da União Bolivariana de Estudantes (UBV) declarar que mais de 90 % dos estudantes apóiam a reforma, parte do movimento estudantil a rechaça brutalmente com movimentos contrários. Além dos prejuízos financeiros, as restrições do socialismo parecem ser algo de outro mundo para o movimento anti-chavista. O fato é que há uma péssima distribuição de renda no país e isso soa como um argumento de quem defende a implantação do socialismo. Mas será essa a melhor alternativa? Quem responde é quem vai sofrer (?) as conseqüências dessa alteração brusca na forma de governo do país: o povo.
Com o referendo, Hugo Chávez dará uma forma um pouco mais democrática de implantar o socialismo do que na Cuba de Fidel Castro. E Chávez pretende alcançar mais sucesso que o líder da Revolução Cubana. Não se considerar “ilhado” como Fidel se tornou parece ser outro trunfo para seu sucesso. O apoio do presidente boliviano Evo Morales, que deve dar o mesmo destino ao seu país, dá força ao que já parece se bastar.
No dia 2 de dezembro será o dia dos venezuelanos fazerem uso do seu poder eleitoral para manter a democracia no país ou tornar o referendo seu último ato democrático. O resultado ainda não se sabe. Talvez agora só nos reste verificar com quantos pontos percentuais a reforma Constitucional será implantada na Venezuela.
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